Equipe da Sedam realiza visita técnica para acompanhamento da execução do projeto.
Os problemas decorrentes do desmatamento descontrolado, a eliminação das matas ciliares, provocam o desaparecimento dos peixes, a redução da fauna, o assoreamento das nascentes e riachos, a extinção de nascentes, a falta de agua, a elevação da temperatura média e até mesmo implicam em alterações no regime de chuvas.
Como já anteriormente descrito com nitidez e clareza em pelo jornalista Rildo Costa no site Gazeta Rondônia (Leia o artigo nesse link), o descontrole na bacia do denominado Rio Araras já era fato notório e que necessitava imediatas e urgentes ações efetivas no sentido de sua recuperação, pois já era vivenciada a carestia e falta de água para o abastecimento urbano, assim como a constatação que o indicado rio se encontrava agonizante.
O Igarapé Branco conhecido como Rio Araras, atravessa cerca de 140 propriedades, daí porque haveria necessidade de um trabalho que de modo ambicioso viesse a envolver todos aqueles que de um modo ou de outro mantivessem relação com o leito ou com as margens do rio assim como dos afluentes e das minas que estivessem próximas e que servissem como fornecedoras do precioso liquido para o sistema.
Também se mostrou importante o fato de que o leito de captação da água que abastece a cidade de Cerejeiras também se localiza dentro da bacia do rio Araras, motivo pelo qual foram iniciadas tratativas objetivando a elaboração de um projeto que incluísse todos os aspectos ambientais a serem considerado.
O projeto foi montado, os recursos foram obtidos, após uma insistente atuação dos órgãos públicos municipais e estaduais, e hoje as primeiras ações efetivas visando a execução do projeto já estão sendo realizadas.
O projeto básico tem como meta a recuperação de 18,00 hectares de área de preservação permanente, que são aquelas que se situam as margens do rio e das nascentes, sendo que o levantamento efetivado apurou que existem 200 nascentes na área , devendo ainda serem atingidos 117 hectares de apps de margens de cursos d’água que compõe a extensão do Rio Araras.
Após o necessário procedimento licitatório, foi eleita como vencedora do certame a Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau, que já iniciou as atividades de levantamento de campo.
Inicialmente são verificadas as situações individualizadas de cada propriedade que estão inseridas no projeto, identificando o que deverá ser feito, na sequência pontuadas as nascentes que deverão ser objeto de recuperação, áreas a serem reflorestadas através da elaboração dos Prads (projeto de recuperação de áreas degradadas), e na etapa posterior a construção de cercas para viabilizar o plantio de mudas.
Para possibilitar o fornecimento de mudas em quantidade e qualidade suficientes, está em fase de implantação o viveiro municipal de Cerejeiras.
Como etapa derradeira, ocorrerá a limpeza e desassoreamento dos leitos dos rios e igarapés, haja vista a situação caótica em que se encontram vários trechos do rio, sendo bastante visível a situação de degradação, desmoronamento, e assoreamento que se encontra o trecho do rio na entrada de Cerejeiras para quem vem de Colorado do Oeste, que no passado foi local de pescaria e de lazer para as crianças e hoje esta deplorável.
Neste sentido existe um projeto por parte da nova administração municipal de aproveitando a necessidade de limpeza e desassoreamento daquele trecho, de construir um lago o que certamente viria a ser um elemento de muito relevância não só para o projeto de recuperação do Rio Arara, como também além de vir a se constituir em um reservatório precioso para o município, ainda poder ser ponto de lazer para a população de Cerejeiras.
Recentemente, ainda no final do mês de novembro, equipes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – Sedam, realizou um visita técnica para verificação do andamento do Projeto de Recuperação do Rio Araras.
Nessa visita, reuniram-se com equipes da Semagri e a empresa responsável pela execução e andamento do Projeto de Recuperação do Rio Araras.