A colheita de soja já começou na região de Cerejeiras.
Enfrentando uma anomalia que pode causar danos nas lavouras da região, o que já é uma tremenda de uma preocupação, os agricultores agora têm outra variável para esquentar a cabeça: os preços.
A divulgação da expectativa da colheita americana, o USDA, revelou que o mundo conta com um excedente entre a última safra do grão até agora, chamado de “estoque de passagem”.
Este estoque significa que a safra do ano anterior ainda está passando pelos canais logísticos e chegando aos compradores, em especial a China. Assim, com este estoque de passagem disponível, a demanda pela oleaginosa deu uma amenizada.
Como a demanda é a variável determinante na precificação, o reflexo no preço foi imediato. Dos excelentes R$ 180 a saca, a soja voltou para a casa dos R$ 140.
Os produtores da região de Cerejeiras afirmam que, para ser rentável, a saca do grão deve ser no mínimo na casa dos R$ 150.
A agricultura teve um custo elevado para produzir nesta safra, pois as despesas foram realizadas em dólar.
E por falar em dólar, a moeda americana também não tem se comportado de uma forma que auxilie os produtores.
Como toda a venda da produção será feita nessa moeda, a baixa do câmbio pressiona o preço pago pela soja para baixo. “Ninguém sabe explicar o que está acontecendo com o dólar. A expectativa era que ele subisse, não que caísse”, diz um agricultor do município de Cerejeiras.
A atitude mais sensata, porém, é a seguinte: calma! Ainda é preciso aguardar, pois até o fim da colheita os preços podem subir.