A ideia muitas vezes disseminada de que uma cidade ou uma região esta se desenvolvendo tendo por critério unicamente o crescimento populacional leva a grandes equívocos , pois na maioria das vezes, se a localidade ou região não se encontra preparada para receber o contingente populacional, logo haverá desemprego, miséria , violência.
A infraestrutura, a preparação de condições humanas e sociais deveriam obrigatoriamente preceder a evolução populacional, permitindo o pleno emprego, o acréscimo de riquezas e a evolução social.
Recentemente foi divulgado um número em que era avaliado o nível de pobreza de todos os estados do Brasil e feito um comparativo entre eles, sendo que o Maranhão e o Acre ocupavam os lugares dos mais pobres do pais, com mais de 50% de suas populações em estado de pobreza. O estado de Santa Catarina possui o menor percentual de pessoas em estado de pobreza qual seja 11,6% da sua população, ao passo que São Paulo e Rio Grande do Sul, seguem com percentuais de 16,5 % e 14,4% respectivamente. O nosso estado de Rondônia , não obstante possuir o menor índice de pobreza da região Norte, expressa um percentual de 24,4% de sua população em estado de pobreza, o que para uma analise mais objetiva, merece preocupação. Por ser uma estado novo, em formação, com população ainda reduzida, pois não atingimos ainda a casa dos 2.000.000. De habitantes, e por termos um setor produtivo pujante e em evidente crescimento, poderia perfeitamente se encontrar em uma posição muito mais destacada, com números bastante reduzidos de pessoas carentes.
Ocorre que não há um projeto amplo, abrangente destinado a identificar estes bolsões de pobreza e criar mecanismos para auxiliar estas pessoas a passarem a incorporar a faixa produtiva e com renda da população. A politica meramente assistencial ajuda mas nunca resolveu e não resolverá, dai porque é necessária uma analise do que pode ser feito, não somente na geração de empregos, seja na formação de profissionais e técnicos, no incentivo ao empreendedorismo.
Um fato irrebatível e que faz diferença entre países desenvolvidos e aqueles subdesenvolvidos é o diminuto percentual de empreendedores nestes últimos, além da insuficiente formação educacional.
Nosso saudoso Rildo Costa, que tinha uma preocupação social aguçada, e que não se limitava a ver coisas de seu interesse pessoal, mas tinha preocupação com o desenvolvimento cultural, econômico e social da população, gerou um projeto destinado a ser implantado em Cerejeiras justamente com este intuito, reduzir o número de pessoas carentes, criando mecanismos e formas para que fossem incorporados ao setor produtivo. Cerejeiras esta entre as 10 cidades mais ricas do Estado de Rondônia, e tem um potencial para em breve estar ainda mais destacada, mas ainda apresenta varias famílias alijadas destas condições favoráveis, dai porque seria muito interessante que este projeto fosse levado adiante .
Vemos a triste situação da tragédia do Estado do Rio Grande do Sul, onde milhares de famílias ficaram em situação de penúria e realmente necessitando de ajuda de todos os lugares, e houve uma solidariedade emocionante, o que é realmente elogioso, mas muitas vezes deixamos de ajudar e apoiar pessoas que se encontram em situação de extrema dificuldade em nossa vizinhança.
Podemos ter uma cidade progressista, desenvolvida, justa socialmente, e nossa população já se mostrou solidária e de cooperação.
O projeto idealizado pelo Rildo, já foi referenciado por vezes e é intitulado de Integrar para Somar.
Outra pesquisa recém divulgada analisa a questão do analfabetismo, que já deveria ter sido completamente eliminado em todo o território nacional se realmente houvesse preocupação séria com este problema, que sem dúvida acaba gerando empecilhos ao progresso de uma região e de um país.
A pessoa analfabeta ou semianalfabeta acaba levando desvantagens principalmente em um mundo em que o conhecimento tecnológico se faz cada dia mais necessário.