A região de Cerejeiras é um dos polos econômicos de maiores oportunidades de negócios de Rondônia.
E em nenhum lugar este polo produtivo é mais evidente que o Parque Industrial de Cerejeiras, situado no km 5 da BR-435, sentido Corumbiara.
O nome oficial do local é Parque Industrial Aurélio Milioransa.
A ideia do parque começou a se formar por volta de 2010 entre os diretores da Associação Empresarial de Cerejeiras (ACIC) da época.
Antes disso, o local era um terreno baldio e cheio de mato, pertencente ao município.
No início da década de 2000, o então prefeito José Eugênio Zigue adquiriu a propriedade com o projeto de montar um aeroporto internacional. Visto de hoje, parece um absurdo. Mas na época discutia-se esta possibilidade, pois a região de Cerejeiras é fronteiriça com países andinos e o governo federal cogitava esta ideia.
A ideia do aeroporto não vingou. Foi aí que os diretores da ACIC sugeriram que a propriedade se tornasse um parque para a instalação de indústrias.
Os gestores públicos na época, especialmente o então prefeito Airton Gomes, que tomou posse em 2012, ouviu os empresários e levou a ideia à prática.
O imóvel foi repartido em lotes, foi transformada a área rural em área urbana e foram colocados os terrenos à venda.
O Parque Industrial de Cerejeiras tem 28 lotes, de 50 por 600 metros quadrados. A área total é de 1.008.106 metros quadrados.
Atualmente, há de 12 a 15 empresas instaladas no local. No conjunto, são gerados cerca de 100 empregos no complexo industrial.
O parque tem duas ruas e duas avenidas, todas ainda sem nome e sem pavimentação. Recentemente, a Prefeitura de Cerejeiras colocou cascalho nas ruas e avenidas do local.
Atualmente, os restaurantes e empresas de delivery atendem os empresários e trabalhadores do parque com entregas de lanches e refeições.
Quem tem lote no parque paga a taxa do lixo (pois foi transformada em área urbana). Por isso, os empresários têm direito ao serviço de recolhimento dos resíduos sólidos. A Prefeitura busca o lixo no parque uma vez por semana.
A estrutura de eletricidade do parque é muito boa, mas a quantidade e a qualidade da força elétrica que chega ao complexo industrial ainda são fracas e instáveis. A rede elétrica do parque é excelente é de baixa e alta tensão, com capacidade instalada nos transformadores de 375 kVA em todos os terrenos, mas com potencial para mais de 2 mil kVAs. O problema é que a energia fornecida pela Energisa deixa a desejar. Mas a companhia está construindo uma subestação em Cerejeiras e promete melhorar o fornecimento elétrico no local ainda em 2023.
As empresas interessadas precisam cumprir certos critérios para adquirir um terreno e se instalar no parque.
O principal critério é que a empresa seja no modelo de trabalho que não seria apropriado para a área urbana, como, por exemplo, empresas de caminhões, que demandam um espaço muito grande, ou atividades que fazem barulho ou tem algum processo industrial que pode causar algum transtorno ambiental, como o barulho.
Empresa de diversos subsegmentos já se instalaram lá. Dentre elas estão os secadores de grão, as concessionárias de máquinas e implementos agrícolas e oficinas de máquinas pesadas.
Cumprido esses critérios, as empresas podem apresentar a proposta de adquirir os terrenos, que ocorrem por meio de leilões públicos.
O preço dos lotes tem saído por menos que um imóvel do mesmo porte na área urbana.
O Parque Industrial de Cerejeiras é um palco onde o progresso econômico e produtivo da região está concentrado. Idealizado por lideranças empresariais visionárias e levado à prática por políticos comprometidos, o parque é hoje uma realidade.
Acima de tudo, porém, o Parque Industrial de Cerejeiras está sendo construído por empreendedores com garra, persistência e determinação.
Esses heróis foram os que viram uma oportunidade de negócios onde antes só havia uma propriedade rural tomada pelo mato.
E são esses empreendedores que farão deste local um dos maiores parques produtivos do estado de Rondônia.