Após 12 horas do início do julgamento de Zenir Barros Wiland, foi condenada a cumprir 27 anos e 6 meses de reclusão.
Em um julgamento que atraiu a atenção da comunidade, o caso conhecido como “Viúva Negra” chegou ao seu desfecho nesta quinta-feira, as 20 horas, quando a Justiça proferiu a sentença contra a ré, acusada de envenenar seu marido, o senhor José Pereira da Silva, de 71 anos. A mulher, atualmente com 57 anos, foi denunciada pelo Ministério Público (MP) por crime triplamente qualificado.
O assassinato ocorreu em 30 de setembro de 2023, quando José foi encontrado sem vida em sua residência. Após investigação que revelou que a esposa havia administrado uma substância tóxica na comida do marido, levando à sua morte (relembre a notícia). O caso chocou a sociedade local pela brutalidade e pela natureza premeditada do ato.
Na ocasião do Juri, familiares da vítima, irmãos, sobrinhos, parentes e amigos, alguns se deslocaram de outros estados para presenciar o julgamento e lotaram o auditório, com camisetas personalizadas com foto da vítima e pedido de justiça.
Durante o julgamento realizado hoje, o júri popular ouviu testemunhas e analisou provas apresentadas tanto pela acusação quanto pela defesa. Após 12 horas de deliberação, a decisão foi favorável à família da vítima, resultando na condenação da ré.
A sentença traz um sentimento de alívio para os familiares de José Pereira da Silva, que lutaram por justiça desde o início do processo. “Muito pouco tempo, tendo em vista que a vida vale muito mais e nada trará de volta nosso tio”, declarou uma sobrinha, após sentença.
Segundo a sentença, Zenir “é primária, e nada há nos autos a desabonar sua conduta social que permita avaliar a personalidade”. Foi condenada pela pena de crime triplamente qualificado e recebendo a condenação para cumprir, inicialmente em regime fechado, 27 anos e 6 meses de reclusão.
A ré já cumpre pena deste a prisão preventiva há um ano no município de Colorado do Oeste. Em sua defesa atuaram os advogados Lidio Luis Chaves Barbosa, Márcio Augusto Chaves Barbosa e Advogada Monica Grasiela de Matias. Do outro lado, tendo como acusação Ministério Público do Estado de Rondônia, advogado assistente de acusação Agnaldo Cardoso da Silva.
O caso da “Viúva Negra” se torna mais um capítulo na luta contra a violência doméstica e os crimes passionais, ressaltando a importância de um sistema judicial eficaz na proteção das vítimas e na responsabilização dos agressores.
A defesa ainda não se manifestou sobre a possibilidade de recorrer da decisão.
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