Recentemente foi publicado um estudo que divulgava um estudo sobre as taxas de arborização das vias urbanas das cidades brasileira, e por tremenda ironia, as capitais que apresentavam a menor taxa de arborização do Brasil, se encontravam localizadas na regiao Norte, enquanto algumas outras no Nordeste, sendo que seja pela media anual de temperatura e pela convivência com períodos de seca mais expressivos, seria normal que justamente estas regiões estivessem mais protegidas e amparadas.
A qualidade do ar, o conforto térmico , a melhora sensível da sensação visual, a ventilação, são consequências quase imediatas decorrentes da correta e planejada arborização das ruas, parques , praças e áreas públicas, elevando o bem estar da população e retratando o nível de desenvolvimento de uma cidade.
Naquele estudo a cidade de Goiânia, secundada por Belo Horizonte e Curitiba ostentaram o maior respeito com a preocupação relativa a arborização, enquanto que a cidade de Maringá – Paraná, também apresentou percentual significativo de sua área urbana ocupada por árvores, tudo dentro de um planejamento que visa trazer conforto e qualidade de vida para a população.
Como as cidades de Rondônia ainda são novas, mostra-se imperativo que se inicie uma preocupação positiva e efetiva visando dotar os espaços públicos e as calçadas de arborização, sendo importante enfatizar que muitas espécies invasivas e que acabam comprometendo canos, tubulações, e calçadas, devem ser não só evitadas como proibidas.
Nossa cidade de Cerejeiras possui praças que são bem arborizadas, mas ao mesmo tempo até o momento ainda não existe uma preocupação de padronizar as espécies que devem ser plantadas nas calçadas, sendo que o ideal é que na região comercial ocorresse inclusive antes a padronização das calcadas não só com o propósito de embelezamento como também para conforto e segurança dos pedestres.
Outro ponto de suma importância para a população é a garantia de ter a sua disposição e receber em suas casas água com fartura e de boa qualidade, sendo que neste ponto Cerejeiras já se encontra em estado preocupante há mais de dez anos, e a situação somente tende a se agravar, por dois aspectos.
Primeiro , fato indiscutível é que nada foi feito nos últimos 12 anos pela concessionária que atualmente é responsável pelos serviços para ampliar ou diversificar o sistema de captação e de tratamento, sendo que por ser uma cidade com mais de 85% de moradores na zona urbana, a arrecadação é bastante significativa e permitiria um volume expressivo de investimentos, se ao menos uma pequena parte dos valores arrecadados fosse reinvestido na cidade.
Cerejeiras teria obrigatoriamente de ter uma cobertura de mais de 90% de sua malha urbana com rede destinada ao fornecimento de água, mas estamos longe disto, pois como dito anteriormente muito pouco se investe nisto e mesmo assim teremos previsão de racionamento e falta de água.
Poderiam ter sido abertos poços semi-artesianos em locais específicos e construídas caixas de armazenamento destinados a assegurar períodos de escassez , realizados trabalhos de preservação de nascentes e dos pontos de captação, mas praticamente nada foi feito em todos estes anos.
A eventual falta de água não poderá ser atribuída aos moradores, que podem e devem contribuir economizando, mas a responsabilidade pela exploração do serviço e o fornecimento de água de boa qualidade pertence a empresa que detinha a concessão e ela não cumpriu com seus deveres de modo algum.
A administração pública deve adotar medidas visando assegurar ao povo, um serviço que respeite o direito do cidadão, e que invista na expansão da rede de água, nos captações, nas estações de tratamento, na manutenção de uma estrutura de atendimento ao cidadão, com servidores em número suficiente e devidamente treinados para ouvir e resolver os problemas vivenciados pela população.
Assim sendo, é fato que para se viver com qualidade, indispensável sombra e água fresca.
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