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Vinicius Paiva, o gaúcho que causou uma incontestável revolução silenciosa em Cerejeiras, faz 60 anos de trajetória

Todo morador de Cerejeiras já foi influenciado, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, quer admita quer não, por um gaúcho chamado Vinicius Paiva da Silva.

Nascido em Bagé, em 1962, filho de agricultores, o rio-grandense, que agora se considera também um rondoniense, está fazendo 60 anos de idade neste dia 20 de setembro – exatamente no Dia do Gaúcho, numa incrível redundância incidental.

Vinicius Paiva é aquele tipo de gente que você não consegue considerar como neutro, insípido, indiferente.

Pelo contrário, a convivência com ele obriga a todos a amá-lo ou a odiá-lo.

Consultor de gestão, com formação em Zootecnia, inclusive com um mestrado nessa mesma área, Vinicius é o homem responsável pela chegada da implantação de um programa consciente de gestão e liderança em Cerejeiras.

Mas essa história começou bem antes, lá atrás.

Além de fazer o mestrado, Vinicius dedicou 17 anos da vida como professor universitário. Em seguida, foi gerente da Purina por seis anos e chegou a empreender por um breve período numa empresa de venda de mel.

Na década de 1990, o Governo Collor decidiu investir no desenvolvimento empresarial do Brasil. Foi aí que o governo brasileiro de então criou dois cursos de Gestão Pela Qualidade Total, ambos ministrados pelo consultor Vicente Falconi. Um dos cursos era em Minas Gerais e o outro no Rio Grande do Sul – este último foi o que Vinicius participou, fazendo o treinamento até o final.

A gabaritagem no ambiente universitário como acadêmico e professor, a experiência técnica rural como zootecnista e consultor de grandes propriedades, e o contato com as ciências da gestão por meio do curso do Vicente Falconi formou o tipo de consultor que Vinicius é hoje.

Depois de um tempo atuando como consultor rural, Vinicius fundou a VPS junto com o irmão, Victor Paiva da Silva. A VPS é uma empresa de consultoria e assessoria que começou a atuar inicialmente no setor rural e hoje, em quase 30 anos de história, possui clientes em diversos setores, de empresários a produtores rurais.

Na vida pessoal, enfrentou a dor de perder a esposa, que morreu prematuramente de câncer. Viúvo e com um filho de oito anos, a adversidade não o impediu de continuar na caminhada.

Em 2006, o gaúcho se tornou também rondoniense, vindo para Vilhena, onde mora até hoje, terra onde adquiriu novos amigos, um novo relacionamento e uma filha.

Quando ainda dava consultorias por meio do Sebrae, por volta de 2014, o gaúcho deu o primeiro curso para um grupo de empresários cerejeirenses.

Naquela época, o empresariado local vivia no mundo do amadorismo, mas já se incomodando para um aperfeiçoamento.

Foi quando o Vinicius Paiva chegou e, para usar um termo gauchesco, “pôs ordem no baile”.

Os empresários foram aprendendo e apreendendo conceitos de gestão e liderança, conhecendo técnicas e ferramentas, saindo do amadorismo e, principalmente, mudando a forma de gerir suas empresas.

A empolgação dos empresários se alastrou e, por iniciativas deles mesmos, a ideia de aprender gestão e liderança pegou até no recinto mais resistente da humanidade: o setor público.

Por um ano, em 2017, a Câmara Municipal de Cerejeiras patrocinou um curso especificamente para os servidores públicos, no qual participaram até mesmo lideranças políticas locais da época. Todas as manhãs de sexta-feira, os servidores públicos do município estudaram conceitos de gestão e liderança. Até hoje alguns ex-alunos citam este treinamento como uma das melhores experiências da carreira deles.

Agora, em todos os lugares, existe, de alguma forma, a marca deste gaúcho.

Se você entrar em algumas das empresas do município, na Associação Empresarial de Cerejeiras (ACIC), no Sindicato dos Produtores Rurais de Cerejeiras, na Prefeitura, na Câmara, num órgão público municipal, enfim, você vai ver um pouco do legado de Vinicius Paiva.

Mas tudo isso teve um preço. Um preço pago por ele próprio.

Como é, acima de tudo, um educador, Vinicius muita vezes é mal compreendido e mal interpretado, tido como chato, grosso ou insensível.

Mas quem conhece o Vinicius como pessoa e a gestão como ciência saberá que o preço do educador é, muitas vezes, ser odiado pelo educando.

Por outro lado, essa “dor de educador” não afeta este gaúcho de Bagé. Quem já passou pelo que ele passou não tem medo da opinião alheia.

Além disso, educar é isso mesmo. Como educador, Vinicius machuca para curar. Não existe um processo educacional indolor. A educação é, em suma, uma dor menor para evitar dores maiores.

São todas essas marteladas da vida que tornou este educador um homem resistente às dores, pronto para deixar um legado por onde passa.

E esse legado agora está na maior escola do mundo: a internet. Vinicius lançou cursos on-line de gestão e liderança e já conta com alunos em diversos estados brasileiros e em três países do mundo.

Vinicius Paiva pode ser acusado de muitas coisas, especialmente partindo de pessoas que se recusam a se desenvolver.

No entanto, ele jamais poderá ser acusado de ter passado por esta vida sendo omisso com a missão que recebeu para evitar a dor de cumpri-la. E a incontestável revolução silenciosa que ele deixou em Cerejeiras é uma prova disso.

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