Sexta-feira, Maio 17, 2024
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Soltura dos tartarugas amazônicas é realizada no Parque Estadual Corumbiara em Cerejeiras

Visando promover a conservação dos quelônios, um bichinho selvagem parecendo uma tartaruga, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), promoveu a soltura de aproximadamente 100 mil filhotes de tartarugas, no Parque Estadual Corumbiara, em Cerejeiras.

O trabalho conduzido pela Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), que tem como proposta garantir a preservação da espécie. A atividade é a culminância de quatro meses de trabalho de monitores que acompanham a reprodução das espécies – da desova à soltura dos filhotes.

O Projeto de Proteção e Manejo dos Quelônios da Amazônia – PQA, foi criado em 1979 pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF, e em 1990 passou por uma reformulação, sendo de responsabilidade do Centro Nacional de Quelônios da Amazônia – Cenaqua. Implementado pelo Governo de Rondônia, no Parque Estadual, o projeto objetiva o repovoamento das espécies mais representativas da região e conscientizar a população sobre a importância da preservação,  que nos últimos anos tem aumentado as áreas monitoradas e parceiros que apoiam as atividades, o que também tem resultado em mais quelônios soltos.

O governador Marcos Rocha enfatizou a importância do Estado, na preservação destas espécies de animais “Nosso foco é na preservação e proteção do meio ambiente, bem como realizar a conscientização das pessoas, pois as comunidades locais também conseguem proteger a natureza através das ações de conservação”, ressaltou o governador.

O Projeto realiza o monitoramento de cerca de 80 quilômetros de rios, demarcando os locais de desova e recolhendo os filhotes, assim que os ninhos eclodem. Para isso, existem berçários na região próxima à base do Parque Estadual Corumbiara; após esse período, os filhotes são soltos em áreas mais seguras.

Entre as atividades desenvolvidas pela Sedam está o manejo dos ninhos

Segundo o secretário adjunto da Sedam, Demargli Farias, estas atividades realizadas pela Secretaria, tem sido um trabalho importantíssimo aumentar a taxa de sobrevivência dos quelônios. “Aproximadamente 100 mil tartaruguinhas foram soltas nas águas do rio, nossa equipe trabalhou durante todo o processo de reprodução para auxiliar a eclosão dos filhotes e soltura dos filhotes, é gratificante para nós, realizarmos este projeto, porque podemos ajudar na sobrevivência desses animais”, afirmou o secretário adjunto.

As tartarugas encontradas no Parque Estadual, conhecidas como  Podocnemis expansa são a maior espécie de quelônio de água doce da América do Sul, podendo chegar a um metro de comprimento e pesar até 75 quilos.

“Por meio deste manejo, esperamos aumentar a taxa de sobrevivência dos quelônios, que ao nascerem são frágeis e não conseguem se alimentar ou se proteger de outros animais silvestres. Então, nosso propósito é auxiliar as tartarugas para que aprendam a comer o que vão encontrar nos rios, quando forem soltas”, explicou o biólogo da CUC, Diego Rudieli Scheffer. Após este período, os filhotes e adultos migram para as águas em busca de refúgio e alimentação.

Após a eclosão, geralmente no mês de novembro, a equipe da Sedam recolhe os filhotes dos ninhos e estes são depositados em tanques rede, por um período de dez a 30 dias, para que percam o odor característico, que atrai os predadores. Após esse período é realizada a soltura. Além da rotina do programa, a equipe da Sedam também realizou a conscientização sobre os cuidados que devem ser observados a fim de evitar impactos sobre os filhotes.

Para o gestor do Parque Estadual Corumbiara, Raimundo Dimas, “este trabalho é muito gratificante, a gente já vem realizando o projeto há 12 anos, e a cada ano vemos esta ação surtindo efeito à natureza. Com este objetivo nossa equipe realiza a proteção e o acompanhamento dos filhotes, cuja preocupação tem sido garantir a reposição dos estoques naturais de tartaruga, a partir do seu habitat”,  explicou o gestor.

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