Autor: Mário Mendes Gonçalves, Advogado.
Vivemos tempos de escândalos de corrupção, por último o do INSS. Em 2024, o Brasil registrou sua pior posição e nota no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional desde o início da série histórica, em 2012. Isso mostra que a desconfiança da sociedade é mais do que justificada.
Enquanto isso, a carga tributária aumenta sem trégua. O IOF foi reajustado recentemente, sem que o governo sequer cogite reduzir despesas, cortar gastos com viagens oficiais ou implementar uma reforma administrativa que enxugue a máquina pública. Para o governo, é sempre mais fácil meter a mão no bolso do contribuinte do que enfrentar os próprios privilégios.
E ainda, como diz a música: “Ninguém respeita a Constituição.” Quem deveria ser seu guardião parece mais interessado em interpretações convenientes e alinhadas a posicionamentos políticos do que em decisões jurídicas fundamentadas.
E em outros espaços do poder, a corrupção segue firme, imune às denúncias. E a grande mídia, que deveria fiscalizar e denunciar, muitas vezes silencia, omitindo fatos ou relativizando a gravidade das denúncias.
Que país é esse? Sujeira pra todo lado, e a indignação é a única força que nos resta para seguir exigindo mudanças de verdade.