Rondônia atualmente planta uma área total de 660 mil hectares, o que ainda pode ser considerado pouco, levando em consideração que um pequeno estado como Santa Catarina ultrapassa 720.000 hectares de plantio da leguminosa, mas é fato indiscutível que não só a área como a produção de soja em nosso estado vem crescendo de forma robusta e contínua.
Dentro deste contexto, a região centralizada em Cerejeiras é sem dúvida o maior polo de produção do Estado, atingindo uma área de mais de 200.000 hectares, compreendendo os municípios vizinhos, sem contar Vilhena, o que representa quase 1/3 da área total plantada no estado, e com possibilidades deste número chegar a 300.000 hectares nos próximos anos.
Além deste dado importante, cabe enfatizar que a média de produtividade da região de Cerejeiras é a maior de Rondônia e supera em a média nacional que atualmente gira em torno de 61,40 sacos por hectare, o que é resultado da combinação da fertilidade de suas terras com a qualidade dos produtores e do uso de tecnologia de ponta.
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Como já mencionado em outros artigos, a agricultura de precisão, o cuidado na preservação e enriquecimento do maior patrimônio do agricultor que é a sua terra, a escolha de variedades resistentes a doenças, o acompanhamento técnico e a troca de informações através de dias de campo e reuniões com especialistas, são fatores que auxiliam em muito na difícil tarefa de implantar no solo uma lavoura sadia, viçosa e produtiva.
E fato que como na maioria do Brasil, o ano passado, principalmente por fatores climáticos, foi extremamente severo, implicando em redução de produção e produtividade, deixando muitos agricultores com um volume de compromissos a serem resgatados e com muita preocupação com o futuro.
Esta safra, os agricultores foram a campo decididos a manterem o nível tecnológico, investindo na formação de suas lavouras e agora com a chegada da colheita estão aproveitando os dias de sol para contabilizarem os frutos de seu dedicado trabalho.
Apesar da incidência em alguns casos da temida anomalia, cujo combate eficaz ainda não se apresenta previsível e definido, as produtividades são muito boas.
Ao contrário do oeste do Paraná que está fechando com média de 54 sacos por hectare e da preocupação dos gaúchos residentes na região centralizada em Passo Fundo, que estimam uma perda de aproximadamente 35% de sua produtividade, na região de Cerejeiras as áreas já colhidas, inclusive algumas já ocupadas pelo milho safrinha, estão atingindo números excelentes, alguns com fechamento de áreas com produtividade de 82 sacos por hectare, 80 sacos por hectare, 77 sacos por hectares, enquanto em alguns casos áreas superiores a 500 hectares fechando com média de 91 sacos por hectares, números notáveis, principalmente quando se sabe que há poucos anos, uma produção de 68 sacos por hectare era motivo de comemoração.
Ainda existem muitas áreas a serem colhidas e deve se aguardar para que a média da região seja calculada, mas os números já consolidados são muito animadores, apesar do preço do produto que ainda se apresenta em baixa.
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Os custos de produção se encontram ainda extremamente elevados o que restringe a rentabilidade, mas tudo indica que um cenário bem diferente daquele vivenciado no ano passado será apresentado nesta safra, e os produtores poderão além de acertarem eventuais débitos, fazerem um caixa para darem sequencia nesta nobre atividade que enriquece e orgulha toda a região.
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